Casos de SRAG crescem no RJ; influenza A lidera mortes no país
maio 30, 2025
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Fiocruz aponta crescimento de SRAG em 22 estados, incluindo o RJ, com alta mortalidade em idosos e crianças. Influenza A responde por maioria dos óbitos.
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Casos de SRAG continuam a crescer no Rio de Janeiro, com destaque para a influenza A, que está presente em 72,5% das mortes recentes no Brasil. Crianças pequenas e idosos são os mais atingidos. A Fiocruz e o Ministério da Saúde reforçam a importância da vacinação imediata. Nova Friburgo deve manter atenção à campanha de imunização.
Casos de SRAG crescem no Rio de Janeiro e preocupam autoridades
O estado do Rio de Janeiro apresenta tendência de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (29) pela Fiocruz.
A análise, referente à Semana Epidemiológica 21 (18 a 25 de maio), mostra que a maioria das unidades federativas, incluindo o RJ, encontra-se em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com aumento de longo prazo.
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Influenza A responde por 72,5% das mortes por SRAG
Nas últimas quatro semanas, entre os casos de SRAG com confirmação laboratorial e evoluídos para óbito, 72,5% foram causados pela influenza A, segundo a Fiocruz. Outros vírus presentes foram:
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 12,6%
Rinovírus – 9,7%
Sars-CoV-2 (Covid-19) – 5,9%
Influenza B – 1,4%
Portanto, a influenza A é hoje o principal causador de mortes por SRAG no país.
De acordo com o boletim, no Rio de Janeiro, o aumento ocorre nas crianças pequenas (até 4 anos) e nos idosos a partir dos 50 ou 65 anos. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o mais frequente entre as crianças, mas a influenza A também contribui para o aumento de casos nessa faixa etária.
Já entre jovens a partir dos 15 anos, adultos e idosos, a influenza A lidera como principal vírus responsável pela elevação dos casos de SRAG.
Vacinação é essencial, alerta a Fiocruz
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça que a vacina é uma medida essencial diante do atual cenário epidemiológico.
“A vacina ainda leva por volta de 15 dias para fazer efeito, por isso é muito importante que as pessoas desses grupos se vacinem o quanto antes”, afirmou.
Além disso, a imunização reduz os riscos de agravamento e internação, especialmente em grupos prioritários como crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
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Tendência de alta em todo o país inclui o Rio
Segundo o boletim, 22 das 27 unidades federativas, incluindo o Rio de Janeiro, apresentam crescimento dos casos de SRAG nas últimas seis semanas.
Entre as capitais em alerta, está também a cidade do Rio de Janeiro, que registra nível de atividade elevado da síndrome. O gráfico divulgado pela Fiocruz mostra o estado em categoria de risco e tendência de crescimento a longo prazo.
Nível de atividade (últimas duas semanas) e tendência atual (últimas 6 semanas) dos casos de SRAG para as
UFs (painel superior) e capitais (painel inferior), com base nas estimativas de casos recentes. - Reprodução: Friocruz
Cenário nacional reforça atenção regional
De acordo com o InfoGripe, o Brasil registrou, até agora em 2025, 75.257 casos de SRAG, sendo 48,7% com resultado positivo para algum vírus respiratório.
Entre os casos positivos no ano:
VSR – 44,9%
Rinovírus – 23,4%
Influenza A – 20,7%
Sars-CoV-2 – 12,2%
Influenza B – 1,2%
Embora o VSR siga presente em crianças pequenas, o predomínio da influenza A nos óbitos e seu avanço entre adultos e idosos acendem o alerta para todo o sistema de saúde.
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Nova Friburgo e região devem reforçar a vacinação
Diante da situação no estado do Rio de Janeiro, municípios da Região Serrana, como Nova Friburgo, devem manter a atenção à vacinação contra a gripe.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão realizando a aplicação da vacina enquanto durarem os estoques, conforme divulgado em campanhas recentes do Ministério da Saúde.