Parque dos Três Picos receberá câmeras para monitorar fauna silvestre
- maio 20, 2025
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Ação fortalece preservação ambiental e mapeamento de espécies ameaçadas no RJ
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O Governo do Estado entregou 480 câmeras para monitorar a fauna fluminense. Em Nova Friburgo, o Parque Estadual dos Três Picos foi contemplado. A ação integra o projeto Fauna Ameaçada e vai auxiliar na atualização da Lista da Fauna Ameaçada no estado. O plano prevê metas ambientais até 2030. A Mata Atlântica abriga mais de 1.300 espécies de animais vertebrados e é considerada um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo.
Três Picos recebe câmeras para proteger fauna silvestre
O Governo do Estado entregou, no dia 19 de maio, 480 câmeras de monitoramento que agora integram os esforços de preservação ambiental em unidades de conservação fluminenses. Entre os locais contemplados, está o Parque Estadual dos Três Picos, em Nova Friburgo, considerado uma das áreas mais importantes da Mata Atlântica no país.
Além disso, as câmeras farão parte de um mapeamento estratégico da biodiversidade. Com isso, os dados obtidos vão contribuir para a atualização da Lista da Fauna Ameaçada do Estado do Rio de Janeiro, que não recebe revisões desde 1998.
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Monitoramento ativo e distribuição estratégica
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), coordena o projeto Fauna Ameaçada. O Inea instalou os equipamentos em pontos críticos de mata para ampliar a detecção de espécies e apoiar decisões públicas.
Além do monitoramento por imagem, o Governo também distribuiu caixas de transporte, puçás e pinções, que serão usados pelos guarda-parques em ações de manejo de fauna.
Da mesma forma, os Parques Cunhambebe, Três Picos e o Refúgio da Vida Silvestre do Médio Paraíba receberam atenção especial por sua relevância ecológica. Como resultado, essas áreas poderão contar com informações mais precisas para ações de conservação.
Biodiversidade como prioridade de gestão
“Essa entrega representa um avanço importante na preservação da nossa biodiversidade. Com as câmeras e equipamentos de manejo, teremos dados mais precisos e atualizados, fundamentais para orientar políticas públicas eficazes e garantir a proteção das espécies ameaçadas. As medidas integram o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio, que está sendo realizado pelo Governo do Estado. Estamos preparando um pacote de ações para os próximos cinco anos”, declarou o governador Cláudio Castro.
Portanto, o projeto busca gerar dados sólidos para embasar o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade 2025–2030. Esse plano, atualmente em construção, estabelecerá metas claras para os próximos anos com foco na fauna e nos ecossistemas fluminenses.
Três Picos e a riqueza da fauna silvestre
O Parque Estadual dos Três Picos se destaca como a maior unidade de conservação do Rio de Janeiro. Localizado na Região Serrana, ele abriga diversas espécies ameaçadas de extinção, como a onça-parda e o mico-leão-dourado.
“A última lista de fauna ameaçada foi publicada no ano de 1998 pela secretaria. O novo levantamento é considerado essencial para orientar ações de preservação ambiental e acabarmos com os 27 anos de defasagem nos estudos”, destaca o secretário Bernardo Rossi.
Por outro lado, o parque também cumpre um papel importante na educação ambiental e na valorização dos recursos naturais da região. Assim sendo, sua inclusão nas ações do projeto Fauna Ameaçada representa um avanço estratégico.
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Mata Atlântica: ecossistema de alerta
Estudos do WWF Brasil revelam que a Mata Atlântica abriga:
261 espécies de mamíferos
620 espécies de aves
200 espécies de répteis
280 espécies de anfíbios
Dentre essas, 567 espécies são exclusivas desse bioma. Ainda segundo o WWF, a Mata Atlântica abriga cerca de 20 mil espécies de plantas vasculares, sendo 8 mil endêmicas.
Entretanto, o ecossistema permanece como um dos mais ameaçados do planeta, exigindo monitoramento constante e políticas públicas eficazes.
Dessa forma, o projeto Fauna Ameaçada representa uma ferramenta valiosa para reverter esse cenário e proteger a biodiversidade fluminense.
Estagiário de jornalismo.
