O poder do livro na história: Bienal do Livro começa no Rio
junho 13, 2025
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Especialista destaca como o livro transformou a sociedade ao longo dos séculos e levanta reflexões sobre sua valorização na atualidade
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A Bienal do Livro do Rio de Janeiro propicia um momento de reflexão sobre a importância do livro na história. Desde os tempos em que histórias eram transmitidas oralmente até o desenvolvimento de técnicas de escrita e encadernação, o livro sempre teve papel transformador. Durante a Idade Média e em diversas fases históricas, livros foram proibidos, queimados e censurados por governos temerosos de seu impacto. Atualmente, embora teoricamente tenhamos liberdade de leitura, o excesso de algoritmos e leituras superficiais ameaça a profundidade do conhecimento. O historiador Rodrigo Rainha, da Estácio, destaca a importância de valorizar a leitura como ferramenta essencial de pensamento crítico e transformação social. A Bienal, portanto, reafirma o valor fundamental da leitura em nossa sociedade.
O poder do livro e sua transformação histórica
Chegamos a mais uma edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Este evento é, sem dúvida, um momento maravilhoso para refletirmos sobre o poder do livro e sua importância na história da humanidade. Durante séculos, dependemos apenas da memória oral para transmitir histórias e conhecimentos. Embora essa prática fosse encantadora e divertida, muitas narrativas se perderam ou foram distorcidas ao longo do tempo.
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Da tradição oral aos primeiros registros
Com o surgimento da escrita e o registro dos conhecimentos, novas possibilidades se abriram. No entanto, na ausência de tecnologia, era necessário copiar os textos manualmente. Consequentemente, muitos escritos também acabaram perdidos. À medida que as técnicas de produção de livros evoluíram, com o uso de peles de carneiro, celulose, papel de arroz e outros materiais, o número de exemplares aumentou, mas as perdas ainda eram significativas.
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O impacto do livro na sociedade
Além disso, o livro sempre exerceu um enorme poder transformador na sociedade. Ele possibilitou que mais pessoas tivessem acesso ao conhecimento e permitiu a troca e multiplicação de saberes. Dessa forma, a transmissão de histórias e ensinamentos de geração em geração se fortaleceu. No entanto, essa disseminação de informação nem sempre foi bem aceita.
A repressão ao conhecimento
Durante a Idade Média, por exemplo, muitos livros foram proibidos e até mesmo apagados. Posteriormente, já na modernidade, livros eram queimados, frequentemente nas mesmas fogueiras usadas para punir supostas bruxas. Quando o Estado-nação surgiu, o medo dos livros se espalhou ainda mais. Governos autoritários, inclusive no Brasil, passaram a prender pessoas por possuírem livros considerados perigosos. Isso também ocorreu em países democráticos como Estados Unidos e na Europa, bem como nos regimes comunistas após a Segunda Guerra Mundial.
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A era dos “tempos livres” e o novo desafio
Hoje, vivemos nos chamados “tempos livres”, em que teoricamente podemos ler qualquer coisa. Entretanto, o algoritmo das redes sociais e das plataformas digitais tem limitado nossa exposição ao diferente. Assim sendo, muitos preferem resumos e leituras superficiais, reduzindo a capacidade de reflexão e desenvolvimento crítico.
A importância de valorizar o livro
Por fim, é fundamental refletirmos: estamos realmente valorizando o poder do livro? Quando deixamos de ler, perdemos a capacidade de pensar e transformar a sociedade de forma profunda. Viva a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que nos lembra da importância de ler cada vez mais e de preservar este grande invento da história humana.