Câmeras de monitoramento da fauna chegam à Região Serrana
maio 30, 2025
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Equipamentos entregues pelo governo estadual reforçam ações de monitoramento da fauna silvestre e apoiarão estudo sobre espécies ameaçadas de extinção
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Cidades da Região Serrana do Rio, como Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, começaram a receber câmeras para monitoramento da fauna silvestre. Os equipamentos vão gerar dados que contribuirão para a atualização do Livro da Fauna Ameaçada, cuja última edição é de 1998. A ação integra política estadual de conservação da biodiversidade.
Governo instala câmeras na Região Serrana para monitoramento da fauna
A Região Serrana do Rio de Janeiro começou a receber nesta sexta-feira (30) os primeiros equipamentos destinados ao monitoramento da fauna silvestre. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), faz parte da distribuição de 480 câmeras em todo o estado.
Durante visita à Reserva Biológica de Araras (Rebio Araras), o secretário Bernardo Rossi entregou parte dos equipamentos, destacando o papel estratégico da Serra na proteção da biodiversidade. Cidades como Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Cachoeiras de Macacu receberão cinco câmeras cada.
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Região concentra 20% das câmeras distribuídas no estado
No total, quase 60 equipamentos serão instalados em municípios da serra, incluindo Bom Jardim, Duas Barras e Areal — o equivalente a 20% de todo o material destinado aos municípios.
Além das prefeituras, Unidades de Conservação estaduais também serão contempladas. A própria Rebio Araras, que abriga espécies como onça-parda, porco-do-mato e irara, será uma das beneficiadas com os novos dispositivos.
Segundo o secretário Bernardo Rossi:
“A distribuição das câmeras permitirá um mapeamento mais preciso das espécies em risco e contribuirá diretamente para a construção de políticas públicas mais eficazes de proteção ambiental, especialmente nos municípios do interior do estado. E a Região Serrana se destaca nesse contexto por concentrar diversas Unidades de Conservação e abrigar uma fauna extremamente rica e diversa.”
Dados subsidiarão atualização do Livro da Fauna Ameaçada
As câmeras possuem visão noturna, com 60 graus de alcance vertical e resolução full HD. Os dados gerados, junto às 120 armadilhas fotográficas já instaladas, serão analisados por especialistas e usados na atualização do Livro da Fauna Ameaçada, cuja última versão é de 1998.
A previsão é de que a nova edição fique pronta em até dois anos, após a contratação de uma empresa especializada via edital público.
Mata Atlântica abriga centenas de espécies ameaçadas
A Mata Atlântica, onde está inserida boa parte da Região Serrana, é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Segundo dados divulgados pelo governo, já foram identificadas:
620 espécies de aves
200 de répteis
280 de anfíbios
260 de mamíferos
Entre os animais ameaçados estão o mico-leão-dourado e a onça-parda, ambos já registrados na serra fluminense.
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Monitoramento da fauna fortalece conservação ambiental
Com o novo mapeamento em curso, o estado do Rio de Janeiro pretende criar políticas mais eficazes de preservação, utilizando dados técnicos para proteger espécies vulneráveis e garantir a continuidade da biodiversidade local.
Assim sendo, a instalação das câmeras representa um passo concreto na consolidação de uma política pública voltada à proteção da fauna silvestre — e a Região Serrana desponta como protagonista nesse processo de monitoramento da fauna.
Informações: Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro