Cachoeiras de Macacu registra 1ª morte por Febre do Oropouche
maio 19, 2025
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Primeira morte liga alerta para o aumento de casos em todo o estado. Friburgo tem um caso confirmado da doença segundo o Painel de Arboviroses do Estado
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Febre do Oropouche faz 1ª vítima em Cachoeiras e Região Metropolitana
Primeira morte por Febre do Oropouche no RJ liga alerta em Cachoeiras e Região Metropolitana
A Febre do Oropouche provocou a primeira morte registrada no estado do Rio de Janeiro. A vítima, um homem de 64 anos, era morador de Cachoeiras de Macacu. Ele foi internado em unidade hospitalar da Região Metropolitana em fevereiro e faleceu quase um mês depois. O diagnóstico foi confirmado após análises feitas pelo Lacen-RJ e pela Fiocruz.
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Doença avança no Estado do Rio
Em primeiro lugar, é importante destacar que a maior concentração de casos não está na Região Serrana. O município de Cachoeiras de Macacu lidera as notificações no estado, com 649 dos 1.484 casos confirmados até 15 de maio de 2025. Além disso, Macaé (513), Angra dos Reis (253), e Guapimirim (164) aparecem em seguida entre os mais afetados.
Desde a notificação do óbito, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) intensificou as ações de vigilância e investigação. Como resultado, os protocolos de atendimento e controle da doença foram atualizados.
Logo depois do agravamento da situação, equipes da SES-RJ estiveram em Cachoeiras de Macacu para orientar profissionais da rede municipal de saúde. A visita técnica incluiu representantes da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
Além disso, capacitações vêm sendo realizadas desde 2024 em diversas cidades do estado. Assim sendo, o objetivo é evitar a disseminação do vírus e garantir atendimento adequado às pessoas infectadas.
Maruim encontra ambiente propício em áreas de mata
Com forte presença de áreas silvestres, 92 cachoeiras cadastradas e produção agrícola ativa, Cachoeiras de Macacu oferece condições favoráveis à proliferação do maruim, conhecido como mosquito pólvora — vetor da doença. Ele é pequeno, difícil de ver e costuma picar em áreas de mata ou próximas a sítios.
Por isso, as autoridades recomendam: usar roupas que cubram o corpo, aplicar repelente, instalar telas de proteção, manter terrenos limpos, recolher folhas e frutas caídas e evitar o acúmulo de matéria orgânica.
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Sintomas, riscos e grupos vulneráveis
A Febre do Oropouche provoca sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, calafrios e vômitos. O período de incubação varia entre quatro e oito dias, e a recuperação costuma ocorrer em até uma semana. No entanto, idosos e crianças fazem parte do grupo de risco para agravamentos.
Por fim, o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Mário Sergio Ribeiro, alertou: “O maruim é minúsculo, mas perigoso. Toda atenção é necessária, especialmente em áreas de mata e sítios”.
A Febre do Oropouche segue avançando em municípios do estado e exige vigilância permanente da população e atuação coordenada das autoridades.
Painel dos casos, acompanhe:
Para acompanhar os dados atualizados sobre a Febre do Oropouche no estado do Rio de Janeiro, incluindo informações por município, acesse o Painel de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde do RJ:
Informações sobre outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.
Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza um painel epidemiológico nacional sobre a Febre do Oropouche, com dados por estado e perfil dos pacientes: