O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, gerou polêmica ao compartilhar um vídeo no qual líderes religiosos defendem a revogação do voto feminino ou sua transferência ao chefe do lar. A ação, acompanhada do slogan da igreja CREC, dividiu opiniões e levantou preocupações sobre a influência do nacionalismo cristão no governo. Críticos, como o pastor progressista Doug Pagitt, condenaram o gesto. O caso se insere em um contexto global de fortalecimento de ideologias ultraconservadoras e discursos de ódio, que também incluem teorias conspiratórias e agendas de exclusão social. Estudos indicam que tais visões reforçam desigualdades econômicas e ameaçam a democracia.
Polêmica nos EUA: secretário de Defesa apoia visão contra voto feminino
Para começar, nos Estados Unidos, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, gerou intensa polêmica ao compartilhar na rede social X (antigo Twitter) um vídeo produzido pela CNN. O material mostrava o pastor Doug Wilson, cofundador da Communion of Reformed Evangelical Churches (CREC), e outros líderes religiosos defendendo que o direito ao voto feminino deveria ser revogado ou transferido ao chefe do lar — geralmente o marido ou o pai — eliminando o caráter individual do sufrágio.
Além disso, Hegseth legendou o compartilhamento com a expressão em inglês “All of Christ for All of Life” (tudo de Cristo para toda a vida), frase que reflete o slogan da igreja. A ação provocou milhares de curtidas e compartilhamentos, dividindo opiniões entre apoiadores e críticos preocupados com a influência de visões alinhadas ao nacionalismo cristão dentro do Departamento de Defesa.
Reações e críticas
Doug Pagitt, líder evangélico progressista e executivo da organização Vote Common Good, classificou o episódio como “muito perturbador”, destacando o impacto negativo de ver tais ideias amplificadas por uma figura de alto escalão do governo. A ligação de Hegseth ao movimento CREC também foi ressaltada. Essa denominação religiosa segue a doutrina do “complementarismo”, que define papéis distintos para homens e mulheres no lar, na igreja e, segundo seus líderes, na sociedade.
Doug Wilson afirmou considerar a 19ª Emenda — que garantiu o direito ao voto feminino — “uma má ideia”, embora reconheça que sua esposa e filhas votem. No contexto da igreja, segundo ele, o voto nas eleições locais é exercido pelo chefe do lar. Em outra entrevista, Wilson comparou a presença de mulheres em submarinos à situação de “50 gatos num cercado com catnip”, reforçando sua oposição à participação feminina nas Forças Armadas.
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Contexto ideológico e político
No entanto, esse caso não se restringe aos Estados Unidos. Lideranças em várias partes do mundo vêm defendendo pautas autoritárias, associadas a ideologias que sustentam culturas racistas, sexistas e xenófobas, além de favorecer a concentração de riqueza. O ideólogo Richard B. Spencer, ligado ao movimento alt-right, é exemplo de figura que questiona o voto feminino e defende papéis sociais restritos para mulheres.
Além disso, teorias conspiratórias como o “Great Replacement” têm se popularizado, alegando que populações não brancas substituiriam brancos na maioria demográfica. Essas narrativas, amplificadas por políticos e grupos extremistas, encontram ressonância em bolhas digitais que expandem discursos de ódio, machismo e racismo.
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Contexto ideológico e político
No entanto, esse caso não se restringe aos Estados Unidos. Lideranças em várias partes do mundo vêm defendendo pautas autoritárias, associadas a ideologias que sustentam culturas racistas, sexistas e xenófobas, além de favorecer a concentração de riqueza. O ideólogo Richard B. Spencer, ligado ao movimento alt-right, é exemplo de figura que questiona o voto feminino e defende papéis sociais restritos para mulheres.
Além disso, teorias conspiratórias como o “Great Replacement” têm se popularizado, alegando que populações não brancas substituiriam brancos na maioria demográfica. Essas narrativas, amplificadas por políticos e grupos extremistas, encontram ressonância em bolhas digitais que expandem discursos de ódio, machismo e racismo.
Impactos sociais e econômicos
Estudos acadêmicos apontam que grupos marginalizados sofrem mais com a pobreza, enquanto minorias sociais detêm parte expressiva da riqueza global. Como resultado, o controle político e econômico permanece nas mãos de poucos, aprofundando desigualdades e limitando a participação democrática.
Por fim, o episódio envolvendo Pete Hegseth simboliza a convergência entre ideologia religiosa ultraconservadora, ordem patriarcal e nacionalismo teocrático. Esse modelo, quando legitimado por autoridades, ameaça direitos civis, enfraquece a democracia e reforça mecanismos de exclusão. Assim sendo, a discussão sobre o voto feminino continua a ser central para a preservação de sociedades plurais e democráticas.
Para acompanhar fontes e aprofundar, seguem alguns links úteis: