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MPRJ investiga fraudes na Secretaria de Turismo de Nova Friburgo

  • julho 11, 2025
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Ação do MPRJ apura fraudes em contratos da Secretaria de Turismo com escolas de samba e conta com denúncias feitas pela Prefeitura de Nova Friburgo

MPRJ investiga fraudes na Secretaria de Turismo de Nova Friburgo

MPRJ investiga fraudes na Secretaria de Turismo de Nova Friburgo

Fraudes em licitações estão no centro de uma operação conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A ação ocorreu por meio da Promotoria de Investigação Penal de Nova Friburgo, com o suporte da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Para começar, os agentes executaram mandados de busca e apreensão, na manhã de sexta-feira, 11 de julho, em imóveis ligados ao ex-secretário Renan da Silva Alves e ao ex-subsecretário Ozório Junior Tardin da Silva.

 

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Ex-gestores e representantes de agremiação carnavalesca viram alvos

Além dos antigos membros da pasta municipal, a operação incluiu a presidente do Grêmio Recreativo Raio de Luar, Hivilan Freiman Verly. Ainda mais, os agentes também investigaram o tesoureiro da mesma agremiação, Wanderson Tubias da Silva, conhecido como “Wanderson Solares”. Como resultado da decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo, os agentes apreenderam os celulares dos envolvidos.

 

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Esquema envolve contratos públicos e uso de documentos falsos

Segundo o MPRJ, os investigados participaram de fraudes em licitações relacionadas aos eventos “Um Encanto de Natal”, promovidos em 2023 e 2024. Em primeiro lugar, a Promotoria aponta favorecimento a escolas de samba e empresas específicas. Como ilustração, uma dessas empresas, supostamente ligada a familiares de Hivilan Verly, recebeu contrato de R$ 1,3 milhão em 2024.

Além disso, os promotores destacam o uso de documentos ideologicamente falsos, bem como o pagamento de propina. A título de exemplo, os contratos continham cláusulas que favoreciam diretamente grupos específicos. Portanto, a Procuradoria Geral do Município encaminhou as informações iniciais à Promotoria, o que deu início à investigação.

 

 

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Prefeitura afirma que agiu antes de denúncias externas

Antes de tudo, a Prefeitura de Nova Friburgo emitiu uma nota oficial esclarecendo que denunciou o caso ao Ministério Público por iniciativa própria. A gestão municipal, por conseguinte, negou qualquer influência externa na origem da apuração. Assim sendo, ao identificar possíveis irregularidades, a própria Prefeitura acionou o órgão responsável pelas investigações.

No entanto, a administração destacou suas limitações técnicas para apurar infrações com profundidade. “A Administração Pública não dispõe de instrumentos suficientes. Por isso, decidimos acionar o MPRJ. Temos o dever de proteger o erário e não temos o que esconder”, pontua o comunicado. Confira a nota na íntegra :

OPERAÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO É RESULTADO DE DENÚNCIA DA PRÓPRIA PREFEITURA

Nesta manhã de sexta-feira, 11 de julho, ocorreu uma operação de busca e apreensão, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Procuradoria do Município. Essa ocorreu na casa de algumas pessoas, dentre elas, o ex-secretário de Turismo, Renan Alves.

É importante ressaltar que esta operação é resultado de uma denúncia formulada pela própria prefeitura, através da Procuradoria Geral do Município. Neste sentido, antes de oportunistas opositores se apresentarem como denunciantes, frisa-se que o pedido de investigação ao Ministério Público não partiu de vereadores ou por outra pessoa da sociedade, mas por nós mesmos como agentes públicos.

Após o conhecimento de uma série de indícios de irregularidades e possíveis ilícitos, tomamos a decisão de noticiar os fatos ao Ministério Público, requerendo que o Órgão fizesse as devidas apurações. Fizemos isso, pois a Administração Pública é limitada quanto aos seus recursos para apuração, como também por não termos o que temer e pela nossa obrigação de proteger o erário e fazer defesa do interesse público.

Temos fome e sede por justiça! Continuaremos cooperando com os órgãos externos para que as apurações sejam concluídas o mais breve possível, e então a verdade venha à tona. Se ao final das investigações chegar a conclusão que houve desvio de qualquer natureza, que os responsáveis sejam severamente punidos. O nosso compromisso é com Nova Friburgo e com os preceitos legais, éticos e morais. Jamais seremos conviventes com práticas ilícitas.

Por fim, reforçamos que adotaremos todas as medidas cabíveis para eventual ressarcimento em caso de comprovação de qualquer dano ao patrimônio público, bem como buscaremos as ações judiciais de sua competência para responsabilização dos supostos envolvidos.

 

 

 

Governo municipal promete transparência e punição, se necessário

Ainda mais, a Prefeitura reiterou que seguirá colaborando com o Ministério Público em todas as etapas do processo. Caso as suspeitas se confirmem, a administração garantiu que adotará todas as medidas legais para punir os responsáveis e recuperar os recursos

. “Temos fome e sede por justiça! Nosso compromisso é com Nova Friburgo e com os preceitos legais, éticos e morais. Jamais seremos conviventes com práticas ilícitas”, declarou.

Entretanto, até o momento, o MPRJ não efetuou prisões relacionadas ao caso. Enquanto isso, as investigações seguem sob sigilo, mas avançam com base nos elementos já coletados.

Por fim, o MPRJ reitera que a operação tem como foco fraudes em licitações, prática que compromete os princípios da administração pública e o uso correto dos recursos municipais.

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